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Após o velório realizado no hall da Reitoria, a sessão solene fúnebre do Conselho Universitário (CUn) da UFSC, com a presença do corpo do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, foi realizada no final da manhã de terça-feira (3) com o auditório Garapuvu completamente lotado. Diversas autoridades se manifestaram durante a sessão e, diante dos discursos emocionados, a plateia se levantou diversas vezes para aplaudir manifestando o desejo de que sejam punidos os excessos cometidos.

O ex-senador Nelson Wedekin, falando em nome da família, levantou em seu discurso (clique aqui e leia a íntegra) os momentos derradeiros vividos pelo reitor após a operação Ouvidos Moucos  da Polícia Federal com a autorização da Justiça Federal. Ele criticou duramente os excessos da polícia, da Justiça e da mídia: “Conduziram-no ao camburão, abriram as portas do cárcere um homem que não queria mal a ninguém, que não fazia mal a ninguém. Um homem de coração generoso e aberto, um democrata na teoria e mais ainda na prática, um homem de diálogo e conciliação, um campeão da harmonia e da paz”.

O presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), Emmanuel Zagury Tourinho, chegou quase ao final da sessão solene, mas não deixou de manifestar sua indignação com a perda. Em sua fala, ressaltou que a ação é resultado da iniciativa de setores que querem desqualificar os gestores das universidades brasileiras, como uma forma de viabilizar o fim do ensino público, gratuito e de qualidade no País.

O governador do Estado em exercício, Eduardo Pinho Moreira, que colocou a bandeira de Santa Catarina junto ao caixão, juntamente com a reitora em exercício Alacoque Erdmann, leu a nota elaborada pelo procurador geral do Estado e professor da UFSC João dos Passos Martins Neto, afirmando que ela seria adotada como a nota oficial do Governo do Estado em relação ao caso. No texto, clique aqui e leia a íntegra, ele cobra responsabilidades pelos excessos cometidos:  “Por isso, respeitado o devido processo legal, é indispensável a apuração das responsabilidades civis, criminais e administrativas das autoridades policiais e judiciárias envolvidas. Que o legado do professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo seja, em meio a tantos outros bens que nos deixou, também o de ter exposto ao país a perversidade de um sistema de justiça criminal sedento de luz e fama, especializado em antecipar penas e martirizar inocentes, sob o falso pretexto de garantir a eficácia de suas investigações”.

Andifes publicou nota de pesar sobre o episódio. Clique e leia aqui

Fasubra, Federação dos sindicatos de trabalhadores das universidades públicas também se manifestou. Clique e leia aqui

Trabalhadores  da Agecom – agência de comunicação da UFSC publicaram uma nota lamentando a perda. Clique e leia aqui

Professor de Jornalismo da UFSC analisa os fatos e a cobertura dada pela mídia ao caso. Clique e leia aqui

Diversas instituições enviaram notas de pesar à Agecom da UFSC. Clique e leia aqui

Confira algumas imagens da terça-feira que parou a Universidade: